Alex Mello foi chegando de mansinho para o Domingo na Praça. Trouxe seus equipamentos e aparelhos, ligou tudo, testou, foi cumprimentando cada um dos presentes e quando disse “Boa tarde, galera!”, foi com a alegria que o caracteriza. E aí, surpreendeu. Afinal, sozinho no palco, quem não o conhecia pensou que ouviria um show de banquinho e violão.
Mas Alex mandou muito mais do que isso: dos sucessos de Tim Maia, voltando no tempo até a Bossa Nova (por quê não?), o artista faz um permanente ‘de volta para o futuro’ – e extrai, de seu violão, acordes que fazem todos cantar junto: pode ser (como aconteceu no domingo, 9/11), um grande sucesso de Raul Seixas ou ele pode optar, na sequência de seu set list, por ‘atacar’ os acordes de Lulu Santos (“Você é bem como eu/Conheci o que é ser assim/Só que dessa história/Ninguém sabe o fim…”).
Alex é uma espécie de one man show dos tempos modernos. Afinal, no Domingo na Praça, ele ainda teve fôlego para buscar um sucesso dos anos 1970, da época Disco, para agradar aos quarentões de plantão, e mandou de Bee Gees (cantou Stayin’ Alive). Depois, também fez um míni tributo a Freddy Mercury e à banda Queen, passou por Engenheiros do Hawaí e até pela breguice que todo mundo canta junto de Vando.
Enquanto ele cantava, se divertia e divertia sua platéia, os turistas sorriam – todos agradecidos pela versatilidade de um artista que já vai se tornando um querido e conhecido cantor das tardes de Cabreúva.
Como o próprio Alex Mello diria: “Valeu, valeu, valeu…”
Publicado no Facebook em novembro de 2014